UMA DEUSA PROFANA E UM QUERUBIM DEVASSO
Uma deusa tão profana
Um querubim rebelde
Anjos caídos em lascívia
Vencidos pela tentação
Um castiçal tão aceso
Uma vela em reteso
Consumida por um fogo
Que arde em luxúrias
Na boca da santa a hóstia
Na do querubim o vinho
Muita loucura acontece
Na ânsia de esse inebriar
A santa ajoelha e reza
O querubim abana as asas
E nessa profana liturgia
O gozo esparge a orgia
(Edson dos Santos)
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