terça-feira, 13 de março de 2012

UMA DEUSA PROFANA E UM QUERUBIM DEVASSO



Uma deusa tão profana
Um querubim rebelde
Anjos caídos em lascívia
Vencidos pela tentação 


Um castiçal tão aceso
Uma vela em reteso
Consumida por um fogo
Que arde em luxúrias 


Na boca da santa a hóstia
Na do querubim o vinho
Muita loucura acontece
Na ânsia de esse inebriar 


A santa ajoelha e reza
O querubim abana as asas
E nessa profana liturgia
O gozo esparge a orgia


(Edson dos Santos)

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