domingo, 15 de abril de 2012

Submissa


Quero que fique quietinha, minha, total, submissa.
Na espreita do que te espera você minha cobiça
Que obedeça a quem deseja
E não será com surpresa
Que dócil e indefesa
A Presa domine a Fera!

Eu vou beber da sua boca
E nela vou respirar
Vou viajar nesse corpo
Soltar amarras do porto
Quero sentir seu gosto
Misturado ao paladar...

Tu serás meu prato exótico
Vou provar suas sensações
Vou provar cada mistura
E conseqüentes reações
Seus sabores variados
Em variadas regiões

Eu hei de ver em seus olhos
Que assim feliz eu te faço
Sentir na respiração
No pulsar do coração
No limiar da excitação
E na cadência dos gemidos
Que sou eu
Quem marca o compasso

Deitado sobre esse corpo
Escorregadio, suado
Eu quero cama amassada.
Eu quero lençóis molhados
Fêmea no cio e feliz
E assim seu corpo me diz:
“Foi o desejo aplacado...

Aí, te olhando nos olhos
Com a ternura que tens
Eu vou te beijar na boca
Como não beijo ninguém
Provarás do seu sabor
E provavelmente agora
Eu trema a voz nessa hora
Mas vou chamar-te de amor

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